Altú Paganach

Tuesday, June 13, 2006

Frio silêncio

Noite sem lua, mudam se os ventos...
Deixo me levar pelos meus olhos que se perdem na mata
Há presenças ao redor,
Mas na verdade encontro me só
Em devaneio penso, já com o corpo cansado ,
Uma mente jogada no fundo de um armário ,
Esquecida na ausente inspiração que se desfaz onde tudo é silêncio
Deixo ir me por entre as sendas desse mundo, esqueço os pesares já ativos
Que uma sombra segue trazendo sobre as brumas
Coisas que não sei explicar, dificuldades ainda ocultas
Espreitam pelos prólogos desse inverno
Nesta noite escura me despeço por um tempo
Mantenho minha paz nessa reclusão, guardo me num esquife sem o bálsamo
Esse bálsamo revigorante, esse rosto...
O poder de livrar me do vazio, vazio que já cresce no peito à se tornar um abismo
O qual se precipita meu todo, ao ter meu espírito que reflete sobre sua escuridão
Então desconheço o tumulto externo, extremo e exato
E nos passos das horas desses dias frios descanso meu olhar
No desencanto de mim, nos ventos a musicar
Nos cabelos a voar em desleixo
Seguir na neblina desses montes ,
Anestesiam meu pesar...
Já me esqueço
Ontem era...Hoje nada
Me anulo em coração e mente
Sou o nada
Nada humano...
Enquanto que na certeza de que o inverno irá acabar
Espero para quem sabe um dia , poder voltar

Felipe mac Lugh

Friday, June 09, 2006


"Filho da floresta, água e madeira
vão na luz dos meus olhos,
e explica este jeito meu de amar as estrelas
e de carregar nos ombros a esperança"

(Thiago de Mello)