Altú Paganach

Friday, December 14, 2007

Já conhecem? não? Então leiam e escutem:


C'est la vie - Emerson, Lake and Palmer

C'est la vie
Have your leaves all turned to brown
Will you scatter them around you
C'est la vie
Do you love
And then how am I to know
If you dont let your love show for me
C'est la vie

Oh c'est la vie
Oh c'est la vie
Who knows, who cares, for me
C'est la vie

In the night
Do you light a lover's fire
Do the ashes of desire for you remain
Like the sea
There's a love to deep to show
Took a storm before my love
Flowed for you
C'est la vie

Oh c'est la vie
Oh c'est la vie
Who knows, who cares, for me
C'est la vie

Like a song
Out of tune and out of time
All I needed was a rhyme for you
C'est la vie
Do you give
Do you live from day to day
Is there no song I can play for you
C'est la vie

Oh c'est la vie
Oh c'est la vie
Who knows, who cares, for me
C'est la vie...

Friday, January 26, 2007

Pablo Picasso, Blue Nude, c.1902


Poema Concreto

O que tu tens e queres saber (porque te dói)
não tem nome. Só tem (mas vazio) o lugar
que abriu em tua vida a sua própria falta.

A dor que te dói pelo avesso,
perdida nos teus escuros,
é como alguém que come
não o pão, mas a fome.

Sofres de não saber
o que tens e falta
num lugar que nem sabes,
mas que é tua vida,
quem sabe é teu amor.
O que tu tens, não tens.

Thiago de Mello

Tuesday, January 16, 2007

Depois de um hiatus, eis que volto...
Esses dias, andei pensando na arte de maneira geral, e a importância da mesma em minha vida
Só através dela consigo expressar na medida, os entendimentos de meu coração
É nela que busco um consolo, faço dela meu sorriso e meu pranto.
Sempre uma amiga com sua linguagem universal e tradutora das paixões humanas.

O artista é o criador de coisas belas. Revelar a arte e ocultar o artista é a finalidade da arte.
O crítico é aquele que pode traduzir de um modo diferente ou por um novo processo, a sua impressão das coisas belas. A mais elevada, como a mais baixa das formas de crítica é uma espécie de autobiografia.
Os que encontram significações feias em coisas belas são corruptos sem serem encantadores. Isto é um defeito. Os que encontram belas significações em coisa belas são cultos. Para estes há esperança. Existem os eleitos para os quais as coisas belas significam unicamente Beleza.
Um livro não é, de modo algum, moral ou imoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo.
A aversão do século XIX ao Realismo é a cólera de Calibã por ver o seu próprio rosto num espelho. A aversão do século XIX ao Romantismo é a cólera de Calibã por não ver o seu próprio rosto num espelho.
A vida moral do homem faz parte do tema para o artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito.
O artista nada deseja provar. Até as coisas verdadeiras podem ser provadas. Nenhum artista tem simpatias éticas. A simpatia ética num artista constitui um maneirismo de estilo imperdoável.
O artista jamais é mórbido. O artista tudo pode exprimir.
Pensamento e linguagem são para o artista instrumentos de uma arte.
Vício e virtude são para o artista materiais para uma arte. Do ponto de vista da forma, o modelo de todas as artes é a do músico. Do ponto de vista do sentimento é a profissão do ator.
Toda a arte é, ao mesmo tempo, superfície e símbolo.
Os que buscam sob a superfície fazem-no por seu próprio risco.
Os que procuram decifrar o símbolo correm também o seu próprio risco. Na realidade a arte reflete o espectador e não a vida.
A divergência de opiniões sobre uma obra de arte indica que a obra é nova, complexa e vital.
Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo.
Podemos perdoar a um homem por haver feito uma coisa útil, contanto que não a admire. A única desculpa de haver feito uma coisa inútil é admirá-la intensamente.
Toda arte é completamente inútil.


Prefácio de “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde

Monday, September 11, 2006


Foto: Keelin

Para ser bardo é preciso inspiração, eis que achei a minha.

Keelin

Há uns anos dei conta de belezas eternas que queria para mim...
a luz e a escuridão, que se recusaram em serem minhas,
seriam sim, minhas eternas aliadas quando precisasse delas.
Tentei guardar para mim com muita dedicação, o sol,
mas era perigoso e eu podia me queimar , e tudo que havia ao meu redor, terrivelmente.
Logo, me encantei com as estrelas
Em um grande impulso eu às quis, mas não me deram asas para isso.
Eis que em uma noite, avistei tal branco celeste e uma luz suave e envolvente que emanava,
me apaixonei pela Lua.
Ela dizia que gostava de mim mas que nunca poderia ser minha e de ninguém.
Deixei o tempo passar por entre as brisas de meus sonhos de menino.
Foi quando conheci a perfeição...
Que ao ser desejada por mim, os deuses me agraciaram com sua presença,
um presente encantado,
diva de um espetáculo único.
A luz pintou o brilho do seu sorriso,
contrastava com a escuridão que coloria seus cabelos.
O sol, o grande rei, que em calor e luminosidade condensava-se a força de tua alma.
As estrelas.....essas unificaram-se no cintilar dos teus olhos azuis,
lindo...o olhar mais lindo que o meu já pode fitar.
A senhora dos céus noturnos, a divina lua, também veio me presentear com a sua brancura majestosa,
que deitou por toda sua pele macia e leve
e ao te ter então, tive todos meus desejos, tão sonhados...
Em ti, senhora de meus delírios.

Felipe mac Lugh

Thursday, July 27, 2006

Finalmente acreditar

Eu quero... Já não gostaria por que agora acredito mais,
e acredito tanto, no que talvez seja besteira para alguns tolos
que morrerão sem sentir e voltarão mil vezes para entender.
Tais coisas que graças ao tempo foram geradas, e hoje dependem da ajuda do mesmo para acontecer mais uma vez, aonde o imperfeito não pode ser, nem nunca será, onde o sonhar é o esperar certo daquilo que está por vir, pois quero que se concretize na certeza do que é perfeito, do que é para ser... Por que não há lugar para incertezas naquilo que é para sempre.

I lie awake watching your shoulders
Move so softly as you breathe
With every breathe you're growing older
But that is fine if you're with me

I pledge to wake you with a smile
I pledge to hold you when you cry
I pledge to love you till I die
Till I die

The rays of dawn plays on your eyelids
A sleeping beauty dressed in sun

I will wake you with a smile
I will hold you when you cry
I will love you till I die
Till I die
Till I die

I believe this heart of mine when it tells my eyes
That this is beauty
I believe this heart of mine when it tells my mind
That this is reason
I believe this heart of mine when it cries at time
That this is forever
I believe this heart of mine when it tells the skies
That this is the face of God


I lie awake watching your shoulders

This Heart Of Mine (I Pledge) - Pain of Salvation

Monday, July 17, 2006

Noturno Desalento

São nessas madrugadas, que minha mente teima pensar além do que minha cabeça pode agüentar.
São nessas horas em que o cansaço teima além do que a carne pode resistir.
Em meio aos ventos, corre um abandono a assolar um coração,
Então tudo tende a se misturar.
Nas horas escuras o mais certos dos futuros me parece incerto,
quase desacreditado...
Eis que já estamos à um fio da desistência nessa noite,
Mas amanha junto à aurora, nasce um novo esperar.
Ao meu lado solidão e vontades,
Mesmo em meio à novidades, ainda persiste a cegueira...
Será que algo conspira por trás de tal noturno desalento?
A resposta não sei...
Algo que as vezes, no correr do dia, deixo passar.
Aquele vazio que mora na surdina, mas dói nas horas vagas.
Meu vazio mede-se na distância,
Aumenta com o passar dos dias,
Encontra-se profundo e silencioso,
As vezes esquece-se em sonhos perfeitos...
Mas diminui com um único remédio,
O qual se encontra no brilho de um poderoso sorriso.

Felipe mac Lugh

( ao som de Sarah Brightman - Dans La Nuit )

Tuesday, June 13, 2006

Frio silêncio

Noite sem lua, mudam se os ventos...
Deixo me levar pelos meus olhos que se perdem na mata
Há presenças ao redor,
Mas na verdade encontro me só
Em devaneio penso, já com o corpo cansado ,
Uma mente jogada no fundo de um armário ,
Esquecida na ausente inspiração que se desfaz onde tudo é silêncio
Deixo ir me por entre as sendas desse mundo, esqueço os pesares já ativos
Que uma sombra segue trazendo sobre as brumas
Coisas que não sei explicar, dificuldades ainda ocultas
Espreitam pelos prólogos desse inverno
Nesta noite escura me despeço por um tempo
Mantenho minha paz nessa reclusão, guardo me num esquife sem o bálsamo
Esse bálsamo revigorante, esse rosto...
O poder de livrar me do vazio, vazio que já cresce no peito à se tornar um abismo
O qual se precipita meu todo, ao ter meu espírito que reflete sobre sua escuridão
Então desconheço o tumulto externo, extremo e exato
E nos passos das horas desses dias frios descanso meu olhar
No desencanto de mim, nos ventos a musicar
Nos cabelos a voar em desleixo
Seguir na neblina desses montes ,
Anestesiam meu pesar...
Já me esqueço
Ontem era...Hoje nada
Me anulo em coração e mente
Sou o nada
Nada humano...
Enquanto que na certeza de que o inverno irá acabar
Espero para quem sabe um dia , poder voltar

Felipe mac Lugh